Quem faz?

Assine agora!Feeds RSS

Últimos Posts

Hot Links

terça-feira, 6 de abril de 2010

1# Entrevista: Irineu Neto já fez Jornalismo e faz Direito

0 comments

Antes de mais nada eu gostaria de pedir desculpa pelo atraso com a publicação da entrevista, é que com esse feriado de semana santa nós ficamos um pouco enrolados e acabamos não podendo nos comunicar direito com o entrevistado, mas já está tudo ok.

Sem mais delongas, confira o perfil e a entrevista de Irineu Neto, nosso primeiro entrevistado.

- PERFIL
Nome: Irineu Mendonça Neto
Idade: 24 anos
Onde Mora: Bauru/SP
Onde Nasceu: Rio Claro/SP
Escola em que cursou o Ensino Médio: Objetivo
Matérias que teve mais dificuldade: Química e Biologia
Matérias que teve mais facilidade: Matemática e Inglês

Curso: Jornalismo
Faculdade: Faculdades Integradas de Três Lagoas - AEMS
Período que está/Quantos períodes tem o curso: Concluído/4 anos
Assunto que pretende desenvolver na *monografia: A Influência do programa Malhação no Cotidiano da Vida dos Adolescentes de Três Lagoas/MS

Curso: Comunicação nas Organizações (Pós Graduação)
Faculdade: USC - Universidade do Sagrado Coração
Período que está/Quantos períodes tem o curso: 3º semestre/3 semestres
Assunto que pretende desenvolver na *monografia: Mídias sociais com ênfase nas organizações - aliadas ou problema

Curso: Direito
Faculdade: IESB - Instituto de Ensino Superior de Bauru
Período que está/Quantos períodes tem o curso: 2º ano/5 anos
Assunto que pretende desenvolver na *monografia: Direito Processual Constitucional ou "O Direito da Comunicação"

- ENTREVISTA
1 - Quando você fez o vestibular para Direito, você com certeza já era mais velho do quando você fez para Jornalismo. Você acha que isso ajudou, ou atrapalhou? De que forma?
Não atrapalhou, eu me formei em jornalismo com 21 anos e hoje tenho 24, não me considero "velho", mas com certeza a maturidade que adquiri na 1ª faculdade me ajudou muito para fazer esses dois primeiros anos de Direito. Quanto ao vestibular de Direito, eu não tive que fazer parte desse processo seletivo, pois já sou diplomado, esse é um benefício que todos que já possuem curso superior concluído e pretende atuar na mesma área (exata, humanas e biológicas) não precisa fazer o vestibular.

2 - O que levou você a escolher os temas de suas monografias?
Área de afinidade. No decorrer do curso, você acaba dominando sobre determinado assunto, vê que tem facilidade para abordar e argumentar sobre ele, então é importante desde o 1° ano de faculdade você ler bastante e já separar alguns livros (leia bastante!) para corroborar a tese. Como eu sempre me interessei por psicologia, sociologia e estar próximo do "povão", minha monografia tinha que trazer um resultado eficaz, e depois de uma vasta pesquisa consegui abordar o tema sobre a influência que a mídia causa no público adolescente através da telenovela Malhação, da Globo.

3 - Boa parte dos universitários veem a monografia como um grande carrasco. Ela é realmente algo assim?
Depende, há um ditado que diz "brasileiro deixa tudo por último" e é verdade. (risos) Se o universitário deixar tudo pro último semestre, com certeza absoluta a monografia será um pesadelo por longos tempos, pois ela precisa ser muito bem elaborada e clara na sequência de idéias, até porque tem que ser apresentada na banca, que muitas vezes são exigentes e fazem várias perguntas. Mas pra mim a monografia só foi carrasco porque há 1 mês da apresentação o meu HD queimou e eu não tinha feito o backup em nenhum algum; sorte que tudo estava sendo trabalhado desde o 1° ano de faculdade e eu estava afiado no tema, então sentei e fui digitando normalmente até o fim, com calma. Portanto, aceite a idéia de começar precocemente e não deixe tudo pra última hora, domine sobre o assunto e leia bastante, pois a monografia não é esse bicho de sete cabeças se você não quiser que ela seja.

4 - Para você, o que é necessário, além de muito estudo, para ser aprovado no vestibular?
QE, ou seja, quociente emocional ou equilíbrio emocional. Não adianta se matar de estudar e na hora do vestibular você deixar o nervosismo e a autocobrança te sufocar. Descanse bem, exercite a autoconfiança, lute pelo seu ideal, procure alternativas e seja focado de forma sadia. Se você estudou e sabe boa parte da matéria, fique calmo.

5 - No seu caso, a pressão familiar e individual serviu como estímulo ou te deixou ainda mais preocupado?
Não deixou, graças a Deus. Tive muita pressão sim, mas sempre fui equilibrado emocionalmente. Acho que quem mais cobra de mim sou eu mesmo, só que pra essa opção de curso eu já tinha procurado alternativas e tinha digerido a idéia de que não era o fim do mundo caso eu não passasse. Não é se matar de pressão que você passa no vestibular, é de acertar questões, isso já estava na minha mente e passei em todos os vestibulares que eu fiz.

6 - Muitos alunos dizem que os simulados não servem para nada a não ser deixar o aluno tenso desde muito antes do vestibular. Você concorda com isso? Por quê?
Acho equivocada essa idéia que "simulados não servem para nada", o ser humano, de forma geral, é um animal que precisa sofrer adaptações em toda atividade que realizará. Embora eu considere chatos os simulados, não vejo melhor forma de adaptação que o acadêmico terá para passar essa etapa de processos seletivos que a vida lhe colocará, seja em vestibulares ou concursos públicos.

7 - Você sempre teve vontade de fazer jornalismo ou essa vontade demorou para se manifestar?
Desde os 8 anos de idade eu queria ser jornalista, trabalhar com o público e ser igual ao William Bonner. (risos) Sempre tive facilidade com a comunicação, me destacava ao me dirigir ao público, dai aos 16 anos comecei a assistir Smallville, série da Warner, que conta a história do Clark Kent - jornalista disfarçado que vira o Superman - e virei fã, isso não foi a principal chamada para a escolha do curso, mas colaborou. Só que especificamente tratando do curso de jornalismo, não adianta fazer por fazer ou por achar bonito, precisa ter nascido com essa vocação; não é fácil como parece e precisa ter fluência desde o começo (acho que isso serve para qualquer curso).

8 - Qual a importância de uma pós graduação?
Extrema. Ela estimula o aprendizado, promove atualização do que você já aprendeu na graduação, complementa sobre determinada área que pretende atuar ou que já esteja atuando, melhora o currículo com a titulação, valoriza o profissional (salário) e te destaca no competitivo mercado de trabalho. Acho que isso é o suficiente para incentivar todo universitário a sair da faculdade e fazer pós graduação, mestrado e doutorado.

10 - Escolheu jornalismo e direito por querer fazer alguma ligação entre as duas? Como por exemplo, apresentar um programa de direito?
Sim e não. É visivelmente contraditória essa resposta porque eu entrei na faculdade de direito pensando: "Quando eu me formar pretendo abrir uma Agência de Assessoria de Comunicação para trabalhar juridicamente para veículos de comunicação e público (e vice-versa)" ou trabalhar com meu pai que é advogado, só que meu futuro à Deus pertence. Essas últimas três semanas tenho notado que tenho muita facilidade em Direito Penal, talvez a simpatia e competência do profº Dr. Edson Cardia, que tem vasta experiência e tem curriculum quilométrico, tenha despertado admiração a tal ponto que posso ter descoberto nova vocação, mas é cedo para eu dizer qual será meu futuro ou se terei o privilégio de agregar os dois cursos; só tenho duas certezas, que sem o jornalismo a faculdade de direito estaria sendo muito mais difícil e que meu amor pela comunicação (jornalismo) jamais acabará.

11 - Nós, alunos do Ensino Médio, sofremos muita pressão através da escola, dos professores, e alguns até dos pais, por o que fazer no vestibular. Você, que já passou por tudo isso, acha que há um exagero por tanta cobrança?
Acredito que há apenas uma interpretação incorreta desse exagero de cobrança; as vezes eu penso que essas pessoas só querem nos ver como grandes profissionais e se orgulharem de nós, afinal de contas eles investiram tempo, conhecimento, dinheiro, etc. Como já disse anteriormente, houve cobrança sim, mas sempre quem cobrou mais de mim, foi eu mesmo!

12 - Além dos cursos que já fez e está fazendo, você pretende fazer algum outro? Por algum motivo específico?
Não, sinto-me satisfeito a cada dia com o jornalismo e o direito. Com certeza não vou interromper minha vida acadêmica, pretendo ir até o pós doutorado de ambos os cursos, mas outra faculdade não.

13 - Qual sua opinião sobre as faculdades públicas e particulares? Há essa real diferença entre a formação de um aluno em uma pública e particular ou isso é apenas algo que dizem para "incentivar" os alunos?
Diferente de alguns países europeus e norte-americanos, no Brasil o custo para estudar é enorme e os recursos que o governo disponibiliza são precários. Há alguns anos fazia diferença estudar em universidade pública, estaduais e federais, mas hoje é muito diferente porque as melhores estruturas e os melhores (e bem mais pagos) professores estão nas iniciativas privadas. Em questão curricular, isso já acabou também, não é a instituição que defini a qualidade profissional dos estudantes, é sua própria dedicação e histórico escolar. Na minha opinião, as diferenças são: na pública você não paga diretamente, vê os bares e festas lotados de ALGUNS futuros profissionais que desviam os recursos ingerindo bebida alcoólica e drogas, há várias greves e a maioria dos materiais de apoio devem ser adquiridos pelos próprios estudantes; já na particular não há greve e boa parte dos materiais são fornecidos ou disponibilizados nas atualizadas bibliotecas, embora o poder aquisitivo é maior. Repito, o que faz o profissional ser competente ou não, não é a faculdade ser pública ou privada, conheço vários profissionais excelentes que se formaram em ambas e desenvolvem suas atividades com extrema qualidade e eficácia.

14 - Muitos dizem que, no mundo da inclusão digital em que vivemos hoje, Jornalismo é uma insegurança profissional para o mercado de trabalho, há uma certa desvalorização. O que você pode nos dizer sobre isso?
Puro mito, não adianta ter a vara, a isca e o rio se não souber pescar. A qualidade técnica e planejamento eficaz de como fará a utilização desses recursos digitais são fundamentais. A desvalorização existe em todas as áreas, mas os bons conseguem se destacar.

15 - Pode deixar uma mensagem para quem está lendo essa entrevista sobre escola, simulado, PSS, vestibular, faculdade...?
Gostaria de parabenizar pela iniciativa do blog, espero ter ajudado alguém com essa entrevista e vou finalizar com uma frase da série Smallville para todos os leitores, convocando-os para a reflexão: "O Homem do Futuro é moldado pelas batalhas atuais!". Boa sorte a todos! [Ah, e follow me @irineuneto (risos)]

Gostariamos de agradecer Neto pela oportunidade da entrevista e, como o mesmo disse, esperamos ter ajudado alguém com isso. Essa é a primeira de muitas que estão por vir, estamos apenas "pegando o jeito" ainda, por isso desculpe-nos por qualquer imprudência.

Amanhã, quarta-feira (dia 7), já postamos o perfil do próximo entrevistado!

Obrigado por acessar o blog; divulguem-o para seus amigos!

Pedro

Comments
0 comments
Do you have any suggestions? Add your comment. Please don't spam!
Subscribe to my feed

Postar um comentário